Nesta etapa de intervenção, o projeto atingiu sua forma final, consolidando-se como um artefato expositivo com estrutura funcional e estética cuidadosamente pensadas. O artefato é composto por uma TV, uma webcam posicionada acima do ecrã, uma mesa de apoio, um fone de ouvido com base própria (plinto) e uma poltrona ou banco destinado à acomodação do público. Esse arranjo garante a imersão do visitante, que, ao sentar-se e ser reconhecido pelo sistema de rastreamento, inicia a projeção do vídeo.
A exposição do artefato pode ocorrer em dois formatos: com o cenário completo — simulando uma sala devastada por incêndio florestal, com móveis queimados e atmosfera densa — ou em uma versão mais simples, apenas com os elementos centrais do artefato, quando o transporte do cenário não for viável. Em ambas as configurações, o vídeo continua sendo o núcleo poético e político da obra, mantendo seu impacto sensorial e sua mensagem de urgência ecológica.

No que diz respeito à planificação de transporte e montagem, para a exibição durante o retiro doutoral em Portugal, a logística será facilitada com o apoio da universidade anfitriã, que disponibilizará os equipamentos essenciais. Considerando a distância e os custos, será inviável transportar todos os itens do Brasil. Por isso, levarei apenas minha webcam e um laptop de apoio, garantindo autonomia técnica caso necessário.
Além disso, a produção da documentação expositiva foi realizada em conjunto com os demais artistas-curadores. Trabalhamos coletivamente na elaboração da folha de sala, imagens ilustrativas, diagramas técnicos e textos conceituais para o público, contribuindo para a construção de uma narrativa visual e reflexiva coesa em torno da exposição coletiva.

